
A cidade é um palco onde a violência e a criminalidade parecem ter se estabelecido como personagens principais, deixando a população refém de um cenário sombrio e desolador. Como expressou o cantor Edson Gomes, "É tanta violência na cidade, é tanta criminalidade”, uma constatação que revolta os cidadãos.
Quando indagados sobre quando essa onda de violência cessará, as respostas escasseiam. A cada dia, a situação se agrava, e a esperança de mudança diminui diante da ineficácia das medidas tomadas pelos três poderes: federal, estadual e municipal. A realidade é que enfrentar esse problema é tão complexo quanto deter um furacão em plena erupção.
O crime organizado enraizou-se em nossa sociedade de forma profunda e multifacetada, ceifando vidas e desestruturando famílias. Infelizmente, retroceder parece uma opção distante, uma vez que as facções criminosas se infiltraram em todos os setores, inclusive cooptando nossas crianças, adolescentes e jovens para seus nefastos propósitos.
Diariamente, somos bombardeados com notícias de tragédias resultantes dessa violência desenfreada. Mais uma vez, na madrugada desta segunda-feira, mais uma vítima é adicionada à lista de atrocidades cometidas por um sistema falido.
É hora de uma análise franca e responsável, atribuindo a culpa aos três poderes que, inertes, observam passivamente o caos se alastrar. Resolver o efeito, e não a causa, tornou-se a abordagem padrão, deixando de lado a urgência de enfrentar o cerne do problema.
Os poderes constituídos, precisam unir forças e adotar medidas efetivas, abandonando soluções paliativas em favor de abordagens de longo prazo. É imprescindível criar programas de prevenção ao crime, investir em educação, oferecer oportunidades reais de trabalho e reabilitação para aqueles que estão vulneráveis ao recrutamento pelas facções criminosas.
Salvar nossas crianças, jovens e adolescentes requer um compromisso sério e uma ação coordenada de todas as esferas do governo. A sociedade clama por segurança, porém, mais do que isso, ela clama por esperança em um futuro onde a violência não seja mais a protagonista de nossas vidas. Enquanto essa esperança não se tornar realidade, continuaremos a lutar contra as sombras que assolam nossas cidades.(Redação Grita Ubatã)